1. O que são as IST?

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), anteriormente denominadas como Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), são causadas por bactérias, vírus ou parasitas que podem ser transmitidos por meio do contato sexual.

A mudança do termo DST para IST ocorreu para enfatizar uma característica importante das infecções sexuais: elas podem ser transmitidas de uma pessoa para outra, mesmo que a pessoa transmissora não apresente sintomas.

Segundo o Ministério da Saúde, algumas das ISTs mais comuns são:

  • HIV;
  • HPV;
  • Herpes genital;
  • Clamídia;
  • Sífilis;
  • Gonorreia;
  • Tricomoníase;
  • Hepatites virais B e C.

 

  1. Qual é a função da assistência farmacêutica na prevenção de ISTs?

O farmacêutico desempenha um papel crucial na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), auxiliando os pacientes a acessarem o melhor tratamento e fornecendo orientações sobre as expectativas e eficácia da farmacoterapia medicamentosa.

As principais funções do farmacêutico na prevenção de ISTs são:

 

Educação e orientação de prevenção de ISTs

O farmacêutico pode fornecer informações educativas sobre:

  • Práticas sexuais seguras;
  • Uso correto de preservativos;
  • Métodos de prevenção de ISTs;
  • Testes regulares para diagnóstico precoce;
  • Vacinação contra ISTs;
  • Comunicação aberta com parceiros sexuais.

 

O esclarecimento de dúvidas sobre transmissão, sintomas e riscos associados a diferentes infecções sexuais também é fundamental para garantir o acesso a informações precisas.

 

Distribuição de preservativos

O acesso facilitado a preservativos ajuda a reduzir a ocorrência de ISTs. Desse modo, a assistência farmacêutica pode incluir a distribuição gratuita ou venda de preservativos.

O farmacêutico também atua orientando os usuários sobre o uso adequado e a importância do preservativo na prevenção de ISTs.

 

Aconselhamento sobre profilaxia pré e pós-exposição

Para ajudar a prevenir e controlar a transmissão do HIV, o farmacêutico pode fornecer aconselhamento sobre a profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP).

O profissional deve esclarecer que a PrEP envolve o uso regular de medicamentos antirretrovirais por pessoas que não têm o HIV, mas estão em maior risco de infecção. O tratamento medicamentoso ajuda o organismo a se preparar para enfrentar um possível contato com a infecção.

Já a PEP é uma medida preventiva de urgência feita através do uso de medicamentos antirretrovirais após a exposição ao HIV para reduzir o risco de infecção. O farmacêutico deve informar que a PEP deve ser utilizada em qualquer situação em que haja risco de contágio.

 

  1. Qual é a função da assistência farmacêutica no tratamento de ISTs?

A assistência farmacêutica desempenha um papel ativo e indispensável no tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

As principais funções do farmacêutico no tratamento de ISTs são:

 

Incentivo à adesão ao tratamento  

O diagnóstico de IST pode acarretar consequências psicológicas e emocionais, levando o paciente a apresentar resistência à adesão ao tratamento medicamentoso. 

Nesse sentido, o papel fundamental do farmacêutico é estabelecer um vínculo de confiança com o paciente, incentivando-o a seguir o tratamento prescrito. 

Isso pode ser alcançado por meio do fornecimento de informações que validem a importância de aderir às orientações médicas.

 

Dispensação e aconselhamento sobre medicamentos

Em colaboração com outros profissionais de saúde, o farmacêutico deve avaliar a prescrição médica e fornecer os medicamentos necessários para o tratamento das ISTs. 

Além disso, é responsável por oferecer informações detalhadas sobre medicamentos antirretrovirais e outras terapias relacionadas ao tratamento de ISTs, assegurando a adesão adequada ao tratamento prescrito.

 

Acompanhamento da adesão ao tratamento medicamentoso

É crucial que o paciente siga corretamente as orientações médicas para que o tratamento das ISTs seja eficaz. 

Dado o envolvimento direto com a farmacoterapia, o farmacêutico desempenha um papel importante no monitoramento da adesão do paciente ao tratamento. Isso contribui para prevenir a resistência aos medicamentos e gerenciar possíveis efeitos adversos. 

O profissional também pode oferecer suporte para superar possíveis desafios relacionados à adesão.

 

  1. Onde o farmacêutico pode aprender mais sobre doenças infecciosas?

O Boletim Epidemiológico de 2022 do Ministério da Saúde relatou um aumento nos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Brasil e no mundo. Somente entre 2020 e 2021, o número de casos de infecção pelo vírus HIV cresceu cerca de 15%.

Diante desses dados alarmantes, há uma demanda crescente por profissionais farmacêuticos especializados em infectologia. Esses especialistas são capazes de oferecer atendimento de excelência para a prevenção e tratamento de ISTs.

Mas como o farmacêutico pode se especializar em doenças infecciosas? A resposta está na Pós-graduação em Farmácia Clínica em Infectologia da São Camilo.

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REFERÊNCIAS

VIEIRA, Matheus da Silva et al. Assistência Farmacêutica na Orientação e Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis. ID on line Revista de Psicologia, v. 14, n. 52, p. 2662-2675, 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14295/idonline.v14i52.2662. Acesso em: 06 dez. 2023.

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