A prática de solicitar o CPF nas farmácias é amplamente difundida no país, mas também pode acarretar riscos tanto para os consumidores quanto para a confiabilidade nos serviços oferecidos pelos estabelecimentos. Continue a leitura para compreender quais são esses riscos.
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Por que o CPF é solicitado na farmácia?
A obtenção do CPF do consumidor é frequentemente justificada pelos atendentes da farmácia como uma maneira de verificar descontos ou conceder promoções.
Dessa forma, ao registrar o Cadastro de Pessoa Física no sistema do estabelecimento, o cliente pode acumular pontos ou ser incluído em um programa de fidelidade.
Além disso, essa prática é empregada como medida preventiva contra fraudes e para controlar a venda de medicamentos.
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Quais são os perigos de passar o CPF na farmácia?
Apesar das vantagens superficiais, essa prática está longe de ser isenta de ricos e preocupações.
Avaliar minuciosamente os benefícios oferecidos em troca do compartilhamento do CPF é de extrema importância, assim como entender completamente como esses dados serão armazenados, processados e compartilhados pelo estabelecimento.
Entre os perigos do compartilhamento do CPF com a farmácia estão:
- Vazamento de dados pessoais: Se as medidas de segurança não forem adequadas, os dados pessoais podem ser vazados, resultando em possíveis casos de roubo de identidade, phishing e outros tipos de fraudes;
- Uso indevido de informações: As informações coletadas podem ser usadas de maneira inadequada ou indevida, levando a práticas de marketing indesejadas, como spam por telefone, e-mail ou mensagens de texto;
- Exposição a riscos cibernéticos: Caso a farmácia armazene informações em sistemas vulneráveis, há o risco de sofrer ataques cibernéticos, que podem comprometer a segurança dos dados dos clientes;
- Monitoramento e privacidade: Ao associar seu CPF a suas compras, a farmácia pode rastrear os hábitos de compra e construir um perfil detalhado do cliente. Isso pode afetar a privacidade e resultar em estratégias de venda direcionadas que podem ser intrusivas;
- Fidelização desequilibrada: Embora programas de fidelidade possam oferecer descontos e benefícios, eles também podem criar uma sensação de dependência em relação a uma única rede de estabelecimentos, limitando sua liberdade de escolha.
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Afinal, as farmácias podem solicitar o CPF?
Conforme estipulado pelo artigo 9º da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), o consumidor, detentor das informações, possui o direito ao acesso pleno às informações relacionadas ao tratamento de seus dados.
Dessa forma, embora a farmácia tenha a permissão de solicitar o CPF, ela também está compelida a compartilhar as razões que fundamentam tal pedido. O não cumprimento deste requisito pode resultar em penalidades legais.
Essa transparência informativa deve ser clara, precisa e abrangente, não limitando-se meramente à justificação de concessão de descontos ou promoções.
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REFERÊNCIAS
TECMUNDO. CPF na farmácia: quais os perigos de fornecer seus dados. TecMundo, 30 jul. 2023. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/seguranca/266459-cpf-farmacia-perigos-fornecer-dados.htm. Acesso em: 07 ago. 2023.
O POVO. Farmácias que pedem CPF sem justificativa são autuadas; entenda. O POVO, 11 jul. 2023. Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/economia/2023/07/11/farmacias-que-pedem-cpf-sem-justificativa-sao-autuadas-entenda.html. Acesso em: 07 ago. 2023