O que é autismo?

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do desenvolvimento neurológico que pode ser diagnosticado tanto na infância quanto na adolescência ou vida adulta. No entanto, os principais sinais podem ser observados a partir dos 2 anos de idade.

Suas características principais incluem um desenvolvimento atípico, dificuldades na comunicação e interação social, padrões repetitivos de comportamento, interesses específicos ou fixações e sensibilidades sensoriais.

Por ser um transtorno crônico, o autismo não possui cura. No entanto, os sintomas podem ser tratados por uma equipe multidisciplinar composta por diversos profissionais e especialistas, visando minimizá-los e proporcionar maior independência e conforto ao indivíduo.

Alguns dos profissionais envolvidos no diagnóstico e tratamento do autismo incluem médicos, educadores, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. Com a expertise de uma equipe interdisciplinar preparada, é possível elaborar um plano de intervenção personalizado e eficaz, levando em consideração as necessidades individuais de cada pessoa.

Quais são os graus do autismo?

A quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5, estabelece três níveis de gravidade do autismo: leve, moderado e severo.

A definição desses graus é fundamental para determinar a necessidade de suporte do indivíduo, conforme descrito a seguir:

  • Autismo leve - nível 1: O nível 1 de autismo, ou autismo leve, é principalmente caracterizado pela dificuldade de socialização e desinteresse em interações e relacionamentos com outras pessoas. A necessidade de apoio é mínima.
  • Autismo moderado - nível 2: Indivíduos com autismo moderado exibem padrões sociais peculiares, rigidez na comunicação verbal e não verbal, além de dificuldades em lidar com mudanças e tendência ao hiperfoco. A demanda por apoio é considerável.
  • Autismo severo - nível 3: No nível 3, autismo severo, as dificuldades são graves, incluindo déficit severo de comunicação ou ausência de linguagem funcional, deficiência intelectual, comportamentos repetitivos e possíveis dificuldades motoras. A necessidade de assistência é alta e as dificuldades podem persistir apesar do apoio fornecido.

 

Reconhecer esses sinais pode ajudar os familiares e pessoas próximas a buscar tratamento o quanto antes.

O que significa o Dia da Conscientização do Autismo?

Conforme decretado pela ONU (Organização das Nações Unidas), 2 de abril é considerado o Dia da Conscientização do Autismo ou Dia do Autismo, uma data dedicada a compartilhar informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), visando diminuir o preconceito e promover a compreensão e aceitação das pessoas com autismo.

O principal objetivo do Dia do Autismo é relembrar a importância de promover uma sociedade mais inclusiva e acessível para as pessoas com autismo, além de destacar a importância do diagnóstico precoce, apoio adequado e respeito pelos direitos das pessoas autistas.

Qual é a importância da conscientização do autismo?

A conscientização sobre o autismo desempenha um papel vital em várias frentes. Não só fomenta a aceitação e a inclusão das pessoas com autismo na sociedade, mas também combate o estigma e o preconceito.

Além disso, é essencial para disseminar conhecimento, facilitando o diagnóstico e a intervenção precoce. Esse aspecto pode ter um impacto significativo nos resultados a longo prazo para os indivíduos com autismo.

Outro benefício crucial é impulsionar a pesquisa científica e o desenvolvimento de novas abordagens de intervenção, terapias e suportes.

Como conscientizar as pessoas sobre o autismo?

A conscientização do autismo é crucial, mas também desafiadora, requerendo estratégias específicas para alcançar o público. Algumas maneiras eficazes de conscientizar incluem:

  • Implementar programas educacionais em escolas, locais de trabalho e comunidades;
  • Utilizar plataformas de mídia social para compartilhar informações precisas e orientações práticas;
  • Organizar eventos e palestras com profissionais, pais, pessoas autistas e membros da comunidade;
  • Criar espaços seguros e inclusivos que incentivem a interação e o diálogo aberto sobre o autismo;
  • Disponibilizar materiais educativos, como panfletos, vídeos e recursos online acessíveis;
  • Defender políticas inclusivas que protejam os direitos das pessoas autistas e promovam sua participação plena na sociedade;

 

Ao implementar essas estratégias de conscientização, é possível criar uma comunidade mais informada, empática e solidária em relação ao autismo.

Como trabalhar a conscientização do autismo na educação?

Pedagogos, professores, coordenadores pedagógicos e outros profissionais da educação desempenham um papel fundamental na conscientização sobre o autismo e na implementação de estratégias de inclusão.

Essa atuação contribui para a aceitação e a redução de preconceitos e estereótipos entre os alunos típicos, ao mesmo tempo em que oferece suporte essencial aos estudantes autistas, promovendo seu processo de aprendizagem.

Para promover a conscientização do autismo em sala de aula, os profissionais da educação podem:

  • Realizar eventos e palestras sobre o autismo para toda a comunidade escolar;
  • Integrar informações sobre o autismo no currículo escolar e em diferentes disciplinas;
  • Promover atividades educativas e projetos que incentivem a compreensão, aceitação e empatia;
  • Estabelecer uma comunicação aberta e colaborativa com os pais e cuidadores de alunos autistas;
  • Buscar programas de especialização em autismo e educação inclusiva, como uma pós-graduação.

 

A Pós-graduação EAD em Educação Especial/Educação Inclusiva: Da Educação Infantil à Universidade, oferecida pela São Camilo, é o curso ideal para os profissionais da educação que desejam se especializar no ensino de pessoas com necessidades educacionais especiais.

O curso aborda temas relevantes para a prática educacional inclusiva e oferece estratégias de intervenção pedagógica para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, problemas de saúde e superdotação. Alguns dos temas abordados incluem:

  • Políticas governamentais e não governamentais;
  • Aspectos sociais e inclusão;
  • Aspectos da saúde;
  • Psicologia do desenvolvimento e aprendizagem;
  • Aspectos dos transtornos funcionais específicos;
  • Aspectos da deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento;
  • Aspectos da deficiência visual e altas habilidades;
  • Aspectos da deficiência auditiva/surdez e surdocegueira;
  • Aspectos da deficiência física e múltipla;
  • Aspectos de outras práticas de atuação;
  • Avaliação e recursos acessíveis.

 

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REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde. 02/4 – Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/02-4-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-o-autismo/. Acesso em: 28 mar. 2024.

Governo do Estado do Paraná. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Transtorno-do-Espectro-Autista-TEA. Acesso em: 28 mar. 2024.

Ministério da Saúde. Transtorno do Espectro Autista – TEA (autismo). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/transtorno-do-espectro-autista-tea-autismo/. Acesso em: 28 mar. 2024.

Minsaúde - Linhas de Cuidado. Definição - Transtorno do Espectro Autista (TEA) na criança. Disponível em: https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/transtorno-do-espectro-autista/definicao-tea/. Acesso em: 28 mar. 2024.

Instituto Inclusão Brasil. DSM-5 TR E CID-11 – Diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. Publicado em: 19 mar. 2023. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/dsm-5-tr-e-cid-11-diagnostico-de-transtorno-do-espectro-autista/. Acesso em: 28 mar. 2024

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