A incontinência urinária é um problema que afeta a vida de mais de 10 milhões de pessoas no Brasil. O problema é duas vezes mais comum entre as mulheres. Cerca de 35% delas, com mais de 40 anos e após a menopausa, apresentam algum grau do distúrbio — informa a Sociedade Brasileira de Urologia.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o problema atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa e em 40% das gestantes. No mundo, cerca de 5% das pessoas  convivem com o desconforto de que o simples fato de espirrar, tossir, correr, rir, pular ou levantar peso pode causar ou intensificar a perda de urina.

A incontinência urinária é um problema de saúde pública no mundo todo.

Os pesquisadores Ana Carolina Pitangui, Rosemary da Silva e Rodrigo de Araújo mostraram como a incontinência urinária afeta a qualidade de vida de mulheres idosas, podendo acarretar isolamento social, perda de autoestima e até levar à depressão.

De fato, não são poucas aquelas mulheres que evitam o convívio familiar por causa do receio de que os escapes de urina causem mau cheiro, ou mesmo que deixem de sair de casa por causa da urgência para urinar.

 

1 bilhão de fraldas

A dimensão deste problema de saúde pública pode ser vista na pesquisa da consultoria Nielsen que mostrou que, no ano de 2013, o mercado de fraldas para adultos movimentou cerca de 1 bilhão de reais no Brasil — com crescimento anual de 17%. 

O Urology Care Foundation estima que uma em cada três mulheres pode vir a sofrer com a perda de urina involuntária em algum momento da vida.Um estudo feito no Brasil em 2010 associou fatores como depressão, sexo feminino, idade avançada e maior dependência do idoso à maior prevalência de incontinência urinária.

 

As causas da incontinência urinárias

As causas mais comuns da incontinência urinárias são:

  • infecção urinária ou vaginal
  • consequências de algumas cirurgias,
  • constipação intestinal,
  • fraqueza nos músculos pélvicos,
  • obstrução da uretra por aumento da próstata,
  • lesões na coluna e efeito colateral de medicamentos.

Classificação das Incontinências Urinárias

Os tipos mais comuns de incontinência urinária são 4:

1.    Incontinência Urinária de Esforço — ocorre devido a uma deficiência no suporte da bexiga e da uretra, que é feito pelos músculos do assoalho pélvico, ou por uma fraqueza ou lesão do esfíncter uretral.



2.   Incontinência Urinária por Urgência — acontece quando a bexiga está hiperativa (contração da bexiga sem o comando voluntário). A sensação é de não conseguir chegar ao toalete, um repentino desejo de urinar que pode ou não ser controlado. A bexiga pode tornar-se hiperativa devida a uma infecção urinária que a irrita ou por alterações nos nervos que a controlam.



3. Incontinência Urinária por Transbordamento — ocorre quando a bexiga não é esvaziada por longos períodos, tornando-se tão cheia que a urina simplesmente transborda. Isso pode acontecer também em virtude de uma fraqueza do músculo da bexiga ou obstrução na uretra que dificulta o esvaziamento normal. A principal causa de incontinência por transbordamento no homem é um aumento da próstata com obstrução da uretra. Fraqueza do músculo da bexiga e diminuição da sensibilidade podem ocorrer em ambos os sexos e são mais comuns em pessoas com diabetes, uso crônico de álcool.



4.   Enurese Noturna — é a perda de urina durante o sono.

 

Fatores de risco associados à incontinência urinária

De acordo com o médico ginecologista do Serviço de Ginecologia, Dr. Rodrigo Aguiar da Cruz e Rosana Lucena, fisioterapeuta e especialista em Saúde da Mulher e em Uroginecologia, apresentaram um estudo sobre incontinência urinária, os fatores de risco associados à incontinência urinária são estes:


  • Idade – quanto maior a idade, maior é a prevalência de incontinência e maior a severidade dos sintomas;
  • Obesidade – 3 vezes mais prevalente em mulheres obesas;
  • Tipo de parto e paridade;
  • Tabagismo;
  • Histórico familiar;
  • Etnia – mulheres brancas têm maior predisposição.


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