A crescente digitalização do jornalismo tem produzido mudanças profundas na forma como a informação é construída, distribuída e consumida, uma vez que com as mídias digitais, o jornalismo tradicional tem enfrentado desafios que vão da queda na circulação de jornais impressos até a migração das receitas publicitárias para as plataformas digitais. Com isso,  as empresas de comunicação estão sendo forçadas a produzir conteúdos multimídia e que possam ser consumidos em diversas plataformas. A título de exemplo, podemos citar o tradicional jornalismo de rádio, que durante anos impactou os lares brasileiros por meio do radinho de pilha, mas que, atualmente, é amplamente acessado pelas pelas plataformas de vídeo streaming como Youtube ou Spotify.

A mentalidade multimídia:

Essa transformação também tem impactado a carreira dos jornalistas, exigindo que se adaptem às novas tecnologias e desenvolvam a capacidade de pensar o jornalismo digitalmente, isto é, não se trata apenas de dominar um número de ferramentas, mas, de compor essas habilidades com uma mentalidade digital, que é própria para esse novo mundo. De outra maneira, a adaptação da linguagem do texto impresso para o digital será uma consequência da multimitiatização da própria mentalidade do jornalista, o que pressupõe compreender como as pessoas consomem informação, conhecimento e publicidade simultaneamente e no mesmo ambiente digital.

O que fazer diante desse cenário?

Por este motivo, a digitalização do mundo e da vida aumentou a necessidade de que os jornalistas desenvolvam habilidades específicas, como o domínio de ferramentas digitais, a capacidade de produzir conteúdo multimídia, além do entendimento das métricas de audiência. Fundamentalmente, é importante que estejam atentos às tendências do mercado, como o crescimento da área de dados, storytelling interativo e técnicas de otimização de conteúdo para o controle de busca (SEO), por exemplo. Essas competências são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho e passaram a fazer parte dos currículos dos cursos de jornalismo e comunicação. Outro ponto importante, diz respeito à capacidade de buscar fontes digitais seguras e de combater a desinformação.

Neste contexto, a educação contínua é uma alavanca indispensável para aqueles que desejam se manter competitivos no mercado de trabalho. Por isso, as universidades e instituições de ensino têm investido em cursos de iniciação e pós-graduação voltados para o jornalismo digital, além de oferecerem workshops, oficinas para atualização profissional e aulas abertas em suas redes sociais. 

 

Como escolher um curso de Pós-graduação na área de jornalismo digital?

Há uma ampla oferta de cursos de pós-graduação na área de jornalismo e comunicação, porém, alguns pontos devem ser considerados na escolha, vejamos:

  • Procure informação a respeito da reputação da Instituição de Ensino;
  • Não escolha o curso simplesmente pelo preço, o que realmente importante nessa área é adquirir de fato a competência no tema;
  • Busque informações a respeito da metodologia das aulas, se tem encontros ao vivo e se as apostilas contam com vídeos explicativos.
  • Se informe a respeito do corpo docente do curso, veja se os professores têm experiência profissional na área.

Essas dicas têm como objetivo nortear a sua escolha e contribuir para que possa ser a mais certeira possível, mas, mesmo assim, procure o setor acadêmico da Instituição de Ensino e tire todas as suas dúvidas a respeito do curso e de como ele poderá melhorar a sua atuação profissional.

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