O crescimento do Medical Science Liaison (MSL) no mercado tem motivado vários estudos e pesquisas a respeito. O MSL é um profissional que tem uma sólida formação científica e que trabalha como consultor científico na indústria farmacêutica e de dispositivos médicos. O trabalho do Medical Science Liaison consiste em promover uma troca de informações científicas entre a empresa que está desenvolvendo novos produtos e os profissionais que atuam na área de saúde.

Medical Science Liaison Society diz que o MSL tem “um papel específico dentro dos setores farmacêutico, de biotecnologia, de dispositivos médicos, de CRO e de outros setores de saúde. Eles se concentram em áreas terapêuticas específicas (por exemplo, Oncologia, Cardiologia, SNC, Hematologia, Cuidados de Saúde da Mulher) e estados de doença (por exemplo, Artrite Reumatoide, Doença Cardiovascular, Diabetes)”.

A origem do Medical Science Liaison

A profissão de MSL começou no final da década de 1960 quando a Upjohn Company — uma indústria farmacêutica americana — sentiu a necessidade de se conectar com o mercado local.

O trabalho do MSL começou com foco na atuação da comunidade médica como uma orientação técnica para apoiar os representantes de vendas. Por isso, os primeiros MSLs eram médicos; mas, a profissão evoluiu e hoje o MSL têm formações diversas e engloba diversas funções.

De acordo com um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC) para identificar o perfil do MSL e a característica do mercado que esse profissional atua no Brasil, “o MSL passou a exercer um caráter estratégico no desenvolvimento e introdução de novos produtos. Apesar de ser uma profissão pouco conhecida no Brasil, o trabalho de MSL propicia um ambiente desafiador e com boas oportunidades de crescimento profissional. Entre os atrativos da vaga estão o cunho científico da profissão, a remuneração e a possibilidade de seguir uma carreira corporativa na indústria farmacêutica”.

A formação e o trabalho de um MSL

O estudo da SBPPC envolveu 133 profissionais que se declaram como MSLs atuando no Brasil. Entre os profissionais pesquisados, 70% trabalham em uma única área de atuação, 32% acumulam funções dentro da empresa que trabalha — o que mostra que “a frequência das atividades desenvolvidas pelo MSL pode variar conforme a fase de desenvolvimento do novo produto e do alinhamento com os diferentes times”.

Segundo os Medical Science Liaison que responderam à pesquisa, suas principais atividades são:

  • visitar líderes de opinião já conhecidos e identificar novos líderes de opinião;
  • manter-se atualizados; 
  • ministrar palestras para grupos de profissionais.

O estudo mostrou também em quais áreas esses profissionais são formados. Se no começo da profissão, 100% desses profissionais eram graduados em Medicina, o estudo mostrou que os MSLs médicos são 19% dos profissionais brasileiros, enquanto que os profissionais formados em Biomedicina somam 22% e os formados em Biologia são 32% dos Medical Science Liaison brasileiros.

A maioria dos MSLs brasileiros são mulheres (59%) e têm doutorado (35%). Mas o doutorado não é exigência para o exercício da profissão, uma vez que 27% dos Medical Science Liaison atuando no Brasil têm apenas uma especialização — como um MBA, por exemplo.

A importância do trabalho do Medical Science Liaison

Embora o MSL tenha surgindo para suprir uma necessidade específica da indústria farmacêutica — a troca de informações com os líderes de opinião — o papel desse profissional “serve como uma ponte entre diferentes áreas da indústria farmacêutica, tais como a área clínica, científica e comercial”, conclui o estudo da SBPPC.

As autoras do estudo, Naiara Corrêa Nogueira de Souza e Cíntia Raquel Bombardieri, dizem que é indiscutível a importância do MSL no desenvolvimento e implementação de novos fármacos.

O estudo da SBPPC termina com a afirmação de que numa era em que os produtos farmacêuticos estão cada vez mais complexos e a medicina está cada vez mais personalizada, “cabe ao MSL a função de fomentar a troca de informações científicas complexas e equilibrar os objetivos clínicos com as oportunidades de negócios”.

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