Os primeiros dias de vida de um recém-nascido são marcados por vulnerabilidade, especialmente para aqueles que precisam de cuidados intensivos. Infecções neonatais, muitas vezes silenciosas e complexas, representam um desafio significativo para equipes de saúde e famílias, podendo comprometer o desenvolvimento e a sobrevivência desses pequenos pacientes. 

Em unidades de terapia intensiva neonatal (UTINs), onde bebês prematuros ou com condições críticas são atendidos, a prevenção e o controle dessas infecções tornam-se prioridade absoluta.

Neste artigo, vamos descobrir as causas mais comuns das infecções em recém-nascidos, estratégias eficazes de prevenção e o papel fundamental da enfermagem nesse contexto. 

Se você é um profissional da saúde em busca de especialização em neonatologia ou deseja aprimorar práticas clínicas, este conteúdo é pra você!

                          Combater infecções neonatais exige mais que conhecimento técnico: demanda atualização constante e compromisso com práticas baseadas em evidências.   Se você quer conhecer uma pós-graduação EAD em Enfermagem em pediatria e neonatologia, vai adquirir habilidades para liderar equipes na implementação de protocolos salvadores.   Cada medida preventiva, da higiene das mãos ao incentivo ao aleitamento, é um passo para transformar UTIs neonatais em ambientes de cura, não de risco. Invista no seu futuro, comece hoje mesmo!

Principais causas de infecções neonatais

As infecções neonatais representam uma grave preocupação de saúde pública,  podendo ser responsáveis por mortes de recém-nascidos internados em Unidades de Tratamento Intensivas (UTIs). 

Essas infecções, frequentemente associadas à assistência hospitalar, impõem às equipes de saúde o desafio de equilibrar a administração de cuidados intensivos com a adoção de medidas rigorosas de prevenção.

As infecções neonatais podem ser classificadas em dois tipos principais, dependendo do momento em que ocorrem: 

  • infecções precoces, que surgem até as primeiras 72 horas de vida, e 
  • infecções tardias, que se manifestam após esse período. 

As causas variam conforme a classificação. Entre as infecções causadas por bactérias, o Streptococcus agalactiae, também conhecido como Grupo B, destaca-se como a principal causa de sepse precoce, sendo transmitido da mãe para o bebê durante o parto. 

Já a Escherichia coli está mais associada a infecções tardias, especialmente em prematuros, que são mais vulneráveis. Além das bactérias, fungos como Candida spp. são frequentes em recém-nascidos submetidos a uso prolongado de antibióticos ou que utilizam cateteres por longos períodos. 

Alguns vírus também desempenham um papel importante, como o Herpes simplex (HSV) e o citomegalovírus (CMV), ambos transmitidos verticalmente da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto.

Vários fatores de risco aumentam a probabilidade de infecções neonatais, sendo a prematuridade um dos mais significativos. 

Além disso, procedimentos invasivos amplamente utilizados em UTIs neonatais, como ventilação mecânica e cateteres venosos, também são fatores de risco que contribuem para o surgimento dessas infecções. 

Impacto das infecções neonatais em utis

As infecções neonatais têm um impacto significativo em diversos aspectos do cuidado e prognóstico de recém-nascidos. 

Em termos de mortalidade, a sepse neonatal apresenta uma taxa de letalidade alarmante. Além disso, essas infecções estão diretamente relacionadas ao prolongamento do tempo de internação hospitalar. Em média, elas adicionam 14 dias à permanência dos bebês nas UTIs neonatais, o que eleva os custos de tratamento.

As consequências das infecções, no entanto, não se limitam à hospitalização prolongada e ao aumento da mortalidade. Entre os sobreviventes, muitos desenvolvem sequelas que afetam significativamente sua qualidade de vida. 

Complicações neurológicas e pulmonares estão entre as mais frequentes, representando desafios contínuos para o desenvolvimento e a saúde a longo prazo desses recém-nascidos. 

 

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O papel do aleitamento materno na proteção contra infecções

O leite materno é amplamente reconhecido como um aliado essencial para a saúde dos recém-nascidos, devido à sua composição única que proporciona benefícios imunológicos e nutricionais incomparáveis. 

Entre seus componentes mais importantes estão as imunoglobulinas, especialmente a IgA, que desempenha um papel fundamental na redução do risco de enterocolite necrosante (NEC).

Além disso, os oligossacarídeos presentes no leite materno ajudam a prevenir a adesão de patógenos ao intestino, criando uma barreira natural contra infecções.

No contexto da enfermagem neonatal, estratégias específicas podem ser empregadas para maximizar os benefícios do leite materno. Uma delas é incentivar o contato pele a pele, conhecido como método canguru, que estimula a produção de leite e fortalece o vínculo entre mãe e bebê. 

Outra medida importante é orientar as mães sobre como realizar a extração do leite de forma adequada e armazená-lo de maneira segura, garantindo que o bebê tenha acesso ao leite materno mesmo em situações em que a amamentação direta não seja possível.

Os impactos positivos do leite materno são impressionantes. Bebês que recebem aleitamento materno exclusivo têm menos infecções respiratórias. Isso reforça a importância de promover e apoiar o aleitamento materno como uma estratégia essencial para melhorar a saúde neonatal e reduzir complicações a curto e longo prazo.

Boas práticas de higiene na prevenção de infecções

Os protocolos essenciais em UTIs neonatais são fundamentais para garantir a segurança dos recém-nascidos e minimizar o risco de infecções hospitalares. 

Um dos pilares desses protocolos é a higiene das mãos, seguindo os "5 momentos" definidos pela OMS, que incluem a higienização antes de tocar no paciente, após contato com fluidos corporais e em outras situações críticas. 

A prática pode ser realizada com álcool 70% ou com água e sabão, dependendo do contexto, e é indispensável para prevenir a transmissão de microrganismos.

Outro aspecto importante é a limpeza adequada dos equipamentos. Instrumentos como estetoscópios e termômetros devem ser desinfetados após cada uso para evitar a contaminação cruzada. 

No manuseio de cateteres, protocolos rigorosos determinam a troca regular de curativos. Por exemplo, para cateteres venosos centrais, recomenda-se a troca a cada 7 dias, desde que o curativo não apresente sinais de descolamento ou contaminação.

Conclusão

Combater infecções neonatais exige mais que conhecimento técnico: demanda atualização constante e compromisso com práticas baseadas em evidências. 

Se você quer conhecer uma pós-graduação EAD em Enfermagem em pediatria e neonatologia, vai adquirir habilidades para liderar equipes na implementação de protocolos salvadores. 

Cada medida preventiva, da higiene das mãos ao incentivo ao aleitamento, é um passo para transformar UTIs neonatais em ambientes de cura, não de risco. Invista no seu futuro, comece hoje mesmo!

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