A busca por resultados rápidos na perda de peso leva muitas pessoas a considerar o uso de remédios para emagrecer. Mas será que essa é uma escolha segura? E

m um mundo onde a aparência física muitas vezes é priorizada, é fácil cair na tentação de soluções milagrosas prometidas por fórmulas e medicamentos. No entanto, o que parece prático pode esconder riscos graves para a saúde, desde efeitos colaterais imediatos até consequências a longo prazo.

Este artigo explora os prós e contras dos remédios para emagrecer rápido, ajudando você a entender quando eles podem ser uma opção — e quando representam um perigo. 

Descubra como funcionam, quais profissionais devem ser consultados e quais alternativas existem para alcançar seus objetivos de forma saudável e sustentável. Porque emagrecer não é só sobre velocidade: é sobre equilíbrio e cuidado com o corpo.

Como funcionam os remédios para emagrecer?

No Brasil, cerca de 24% das pessoas que buscam emagrecer já fizeram uso de algum tipo de substância para emagrecer. Apesar de prometerem resultados rápidos, muitas vezes em poucas semanas, esses medicamentos podem esconder riscos sérios à saúde, como dependência, problemas cardíacos e danos ao fígado. 

Os medicamentos utilizados para emagrecimento atuam, geralmente, em três principais frentes. A primeira são os supressores de apetite, que agem no sistema nervoso central, promovendo uma maior sensação de saciedade. 

A segunda categoria inclui os inibidores de absorção de gordura, que bloqueiam a digestão parcial de lipídios, reduzindo a quantidade de gordura absorvida pelo organismo.

Por fim, há os aceleradores metabólicos, que estimulam a termogênese. No entanto, é importante ressaltar que esse último foi proibido no Brasil desde 2011, devido aos riscos associados, como taquicardia.

                                                               Descubra os riscos e benefícios de usar remédios para emagrecer rápido e saiba se essa é uma escolha segura para sua saúde e bem-estar.

Quando posso usar remédio para emagrecer?

As indicações do Ministério da Saúde para o uso de medicamentos no tratamento da obesidade são bem específicas e seguem critérios clínicos rigorosos. 

Esses medicamentos são indicados para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30, o que caracteriza obesidade. Também são recomendados para indivíduos com IMC igual ou superior a 27, desde que tenham comorbidades associadas, como diabetes ou hipertensão. 

Outra situação em que os medicamentos podem ser considerados é quando há falha em tratamentos não farmacológicos, como dieta e atividade física, por um período de seis meses.

Por outro lado, há contraindicações importantes que devem ser respeitadas para garantir a segurança do paciente. O uso desses medicamentos não é indicado para gestantes ou lactantes, nem para pessoas com histórico de infarto ou arritmias cardíacas. 

Além disso, transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão, também representam contraindicações ao uso desses tratamentos.

Que profissionais preciso procurar para entender se é para o meu caso?

Uma equipe multidisciplinar desempenha um papel essencial no tratamento do excesso de peso e na promoção de uma saúde integral, uma vez que aborda o problema de maneira ampla e personalizada. 

O endocrinologista, por exemplo, é o profissional responsável por avaliar os riscos associados ao uso de medicamentos, além de prescrevêlos quando necessário e monitorar seus efeitos ao longo do tempo. 

Esse acompanhamento é fundamental para garantir que os tratamentos farmacológicos sejam seguros e eficazes, ajustando dosagens ou intervenções de acordo com a resposta de cada paciente.

O nutricionista, por sua vez, é essencial para planejar e ajustar a dieta, evitando deficiências nutricionais que podem surgir durante o processo de emagrecimento. 

Ele adapta o plano alimentar às necessidades específicas do paciente, considerando sua rotina, preferências alimentares e condições de saúde, promovendo uma alimentação equilibrada e sustentável.

Já o psicólogo tem um papel indispensável quando o paciente enfrenta dificuldades emocionais ou comportamentais relacionadas à alimentação, como a compulsão alimentar ou uma relação disfuncional com a comida. 

Ele auxilia o paciente a compreender e lidar com esses desafios, promovendo mudanças no comportamento alimentar e fortalecendo a saúde mental.

Vantagens e desvantagens de usar remédios para emagrecer rápido

O uso de medicamentos para emagrecimento apresenta tanto vantagens quanto desvantagens que devem ser cuidadosamente avaliadas antes da decisão de iniciar esse tipo de tratamento. 

Entre as vantagens, destacase a possibilidade de perda de peso acelerada, chegando a até 10% do peso corporal em apenas três meses, desde que seja combinado com dieta e exercícios físicos adequados. 

Além disso, pode haver uma melhoria significativa no metabolismo, especialmente no controle dos níveis de glicemia e colesterol, o que é particularmente benéfico para pacientes com síndrome metabólica.

Por outro lado, existem desvantagens importantes a serem consideradas. Efeitos colaterais como boca seca, insônia e constipação são bastante comuns. Outro risco associado é o de dependência.

Além disso, há o fenômeno do "rebote", no qual as pessoas que interrompem o uso dos medicamentos sem adotar a reeducação alimentar acabam recuperando todo o peso perdido.

Vale ressaltar ainda os riscos graves associados a fórmulas ilegais, que muitas vezes contêm substâncias tóxicas ou proibidas. Essas substâncias podem causar danos cardíacos irreversíveis, representando uma ameaça significativa à saúde dos usuários. 

Diante disso, o uso de medicamentos para emagrecimento deve ser realizado apenas sob prescrição e acompanhamento médico especializado, considerando cuidadosamente os benefícios e os riscos envolvidos.

Quais alternativas posso seguir?

Existem algumas estratégias comprovadas e eficazes para emagrecimento que vão te ajudar a ter resultados e a mantê-los de forma consistente.

  • Dieta hipocalórica balanceada: redução de 500 calorias por dia no consumo alimentar, realizada com acompanhamento nutricional para evitar deficiências nutricionais;
  •  Exercícios físicos: musculação três vezes por semana, essencial para preservar massa magra e aumentar o metabolismo basal;
  •  Terapia cognitivocomportamental (TCC): indicada para reduzir episódios de compulsão alimentar;
  •  Cirurgia bariátrica: alternativa para casos graves, indicada para pessoas com IMC ≥ 40 ou ≥ 35 com comorbidades como diabetes e hipertensão.

Leia mais: Nutrição: como evitar o efeito sanfona

Remédios para emagrecer rápido não são soluções mágicas: são ferramentas pontuais, com riscos significativos se usados sem critério.

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