A importância da escola como ambiente para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais é fundamental, porém, apenas nos últimos 5 anos esse tema ganhou força, inclusive com a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que abordou a importância de olhar para cada aluno de forma singular. O documento especificou 10 competências gerais para lidar com essas singularidades.

Em decorrência da pandemia de Covid-19, o papel da escola voltou a ser discutido mais recentemente e de forma mais ampla no que diz respeito à formação integral dos alunos, ensinando às famílias a importância de valorizar esse papel, especialmente em tempos de pandemia, nos quais crianças e jovens se viram barrados do convívio social.

 

Continue conosco neste artigo e veja 3 maneiras práticas de suprir o acolhimento socioemocional dos alunos em cada fase de ensino.

 

Entre as vantagens de desenvolver as habilidades socioemocionais no ambiente escolar, estão:

- proporcionar meios para o autoconhecimento e o protagonismo do aluno;

- desenvolver o senso crítico e a atuação social de forma ética;

- incentivar a inserção social a partir de princípios e valores;

- incentivar a criação de relações consistentes de maneira responsável.

Tudo isso marca o grande desafio das instituições de ensino, que, nesse período de pandemia, precisaram reestruturar seu sistema organizacional para continuar oferecendo as aulas e a estrutura socioemocional pertinentes à comunidade escolar. Em virtude de todo esse contexto, passamos a observar o desenvolvimento dessa habilidade com foco na saúde mental de crianças e jovens.

 

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O distanciamento social, o afastamento dos colegas e da convivência no ambiente escolar, as mudanças e as incertezas quanto ao futuro certamente interferiram na forma como alunos, famílias e professores concebiam o espaço escolar, e impactos emocionais ainda mais profundos foram causados.

Uma vez que as habilidades socioemocionais tratam diretamente de princípios que serão base para a construção de valores por toda a vida, e considerando que a inteligência emocional é desenvolvida à medida que a criança se torna mais consciente de suas potencialidades e fragilidades, seguem algumas maneiras práticas de desenvolver algumas habilidades socioemocionais no contexto pós-pandemia:

 

1. NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Essa é uma fase em que a interação é essencial para a descoberta de si mesmo e do outro. É nela que desenvolvemos boa parte de nossas habilidades sociais; por isso, esse é um dos públicos que mais merecem atenção no desenvolvimento socioemocional.

Por isso, é importante que os professores promovam atividades que gerem integração e retomem o prazer de estar juntos, salientando que as mudanças no modo de se relacionar são, na verdade, uma forma de cuidado uns com os outros, e não uma imposição ao distanciamento emocional.

Na prática, os professores podem promover conversas e abraços virtuais, incentivar os alunos a escrever cartinhas e enviá-las aos colegas como forma de demonstrar carinho e atenção, promover jogos e encontros online para gerar interação entre os alunos e criar vínculos.

 

2. NO ENSINO FUNDAMENTAL

Nessa fase, é preciso aliar a autonomia dos alunos à construção de vínculos com os colegas, uma vez que alunos do ensino fundamental geralmente estão na fase de descobrir afinidades que definirão amizades e a formação de grupos com os demais colegas, interação esta que gera valores e responsabilidades.

Por isso é importante o desenvolvimento de habilidades socioemocionais voltadas para o espírito de equipe, fortalecendo laços que vão ensinar a importância de se valorizar como indivíduo e como parte de um time.

Na prática, os professores podem desenvolver atividades de reconhecimento de pares e de valorização de boas práticas em equipe, como uma dinâmica em que cada aluno descreva uma qualidade de um colega e, depois, cada um deve ler o que foi escrito sobre si.

Essa ação motiva a comunicação e o poder de cada criança apontar um aspecto positivo da outra, além de levar o próprio aluno a perceber uma qualidade que outros enxergam nele.

 

3. ENSINO MÉDIO

Diferentemente das duas primeiras, nessa fase o aluno passa a pensar mais a respeito do seu futuro e da construção de seus projetos para a vida, especialmente quando se aproxima da fase do vestibular e dos processos seletivos.

Por isso, as atividades precisam focar habilidades socioemocionais mais particulares, voltadas para o crescimento e o direcionamento pessoal do aluno como agente social, considerando suas características particulares e orientando-o no gerenciamento de seus sonhos e desejos.

Uma observação importante é levar em consideração que os estudantes do ensino médio tiveram uma trajetória escolar 100% presencial antes da pandemia e nesse período pós-pandemia, contam com a dificuldade de organizar suas atividades online pois, por mais que estejam familiarizados com as novas tecnologias, organizar tarefas escolares no ambiente virtual passou a ser uma atividade comum que, antes, não era necessária.

Na prática, os professores podem promover atividades que levem os alunos a buscar autoconhecimento de seus gostos e habilidades, e, assim, pensar em maneiras de trilhar o futuro com segurança.

Por fim, unindo tudo isso com a atuação de pais e professores, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais torna-se mais eficaz, mesmo em meio ao incerto período pós-pandemia.

 

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