O que é a dengue e quais são seus sintomas?

Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo vírus carregado pelos mosquitos do gênero Aedes, sendo o principal causador o Aedes Aegypti. 

Os sintomas podem variar em intensidade, desde leves até mais severos. Em geral, os principais sinais da dengue incluem:

  • Febre alta;
  • Dores no corpo (musculares e nas articulações);
  • Intensa dor de cabeça;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Náuseas e vômitos;
  • Fadiga e extremo cansaço;
  • Manchas vermelhas no corpo.

 

Em casos mais graves, como na dengue hemorrágica, os sintomas podem incluir dificuldade para respirar, queda da pressão arterial, confusão mental, dor abdominal intensa e vômitos persistentes, podendo ser acompanhados por sangue.

Quais são os quatro tipos de vírus dengue?

A dengue é causada pelo vírus DENV, que possui cinco sorotipos e dezoito linhagens. Até o momento, no Brasil, foram registradas infecções apenas pelos quatro primeiros sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. 

Qualquer um dos sorotipos de dengue pode apresentar quadros assintomáticos, leves, graves e até mesmo levar ao óbito.

Após a infecção por um determinado sorotipo do vírus da dengue, o sistema imunológico desenvolve resistência a esse tipo específico, mas não aos outros. Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes por diferentes sorotipos do vírus.

Devido a essa dinâmica de transmissão, a erradicação da dengue representa um desafio significativo, e os padrões de surtos costumam se repetir a cada cinco anos.

Quantos casos de dengue no Brasil em 2024?

Desde 2023, os casos de dengue têm aumentado significativamente no Brasil, e o cenário tornou-se ainda mais preocupante neste ano.

Apenas no primeiro trimestre de 2024, mais de 2,3 milhões de pessoas foram infectadas, um número que supera os mais de 1,65 milhão de casos confirmados no ano anterior inteiro.

Segundo a Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, estima-se que o país registre, em 2024, aproximadamente 4,2 milhões de casos.

Especialistas apontam que diversos fatores podem ser responsáveis pelo crescimento dos diagnósticos de dengue no Brasil, incluindo mudanças climáticas, aumento das chuvas e falhas nos cuidados e políticas públicas de prevenção.

Qual é a vacina contra a dengue?

A vacinação é uma das estratégias mais eficazes de prevenção e controle da dengue. Atualmente, no Brasil, há duas vacinas da dengue sendo distribuídas: Dengvaxia e Qdenga. Além disso, uma nova vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan.

Vacina da dengue Dengvaxia 

Até 2023, a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, era a única vacina contra a dengue aprovada pela Anvisa e disponibilizada em clínicas particulares em grande parte do país. 

Esta vacina é recomendada apenas para indivíduos que já foram previamente infectados com o vírus da dengue e é destinada a pessoas com idades entre 9 e 45 anos

Seu esquema de vacinação consiste em três doses, administradas com intervalos de seis meses entre cada uma.

Vacina da dengue Qdenga

A vacina da dengue Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023 e passou a ser distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A vacina é feita com o vírus atenuado da dengue (subtipo DEV-2), induzindo respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, reduzindo significativamente o risco de contrair a doença. 

O imunizante é indicado para para pessoas de 4 a 60 anos que foram ou não previamente infectadas com o vírus. A vacina é administrada em duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.

Vacina da dengue Butantan 

Uma nova vacina tetravalente contra a dengue está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan há 15 anos e encontra-se atualmente em sua fase final de testes, com previsão de distribuição pelo SUS em 2025, caso seja aprovada pela Anvisa.

De acordo com o Instituto Butantan, o principal diferencial dessa vacina é a presença dos quatro sorotipos do vírus em versões atenuadas. 

Assim, os vírus enfraquecidos estimulam a produção de anticorpos sem causar a doença, o que resulta em mínimas reações adversas.

Foram realizados testes clínicos de fase 3 em 16.235 pessoas com idades entre 2 e 59 anos. É possível que a vacina seja administrada em dose única.

Quem pode tomar a vacina da dengue (Qdenga)?

A vacina contra a dengue Qdenga é recomendada para pessoas entre 4 e 60 anos de idade, tanto para aqueles que já tiveram a doença quanto para aqueles que nunca a contraíram.

Entretanto, sua administração é contraindicada para gestantes, lactantes e pessoas com comprometimento do sistema imunológico.

Como a vacina da dengue será distribuída?

O governo brasileiro adquiriu um total de 5,2 milhões de doses da vacina contra a dengue, com uma doação adicional de 1,32 milhão de doses feita pela fabricante. 

Segundo o Ministério da Saúde, as doses do lote doado serão direcionadas para municípios com mais de 100 mil habitantes que tenham apresentado alta incidência da doença nos últimos dez anos e considerando os últimos meses. 

Inicialmente, as doses serão administradas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A expectativa é de que ao longo de 2024, aproximadamente 3,2 milhões de indivíduos recebam as duas doses necessárias para a imunização completa.

Como garantir a segurança e eficácia das vacinas?

Assegurar que as vacinas contra a dengue e outras doenças sejam produzidas de maneira segura e obtenham resultados satisfatórios requer a contribuição de especialistas em Análises Clínicas e Toxicológicas é essencial.

Com sua experiência nas áreas de controle de qualidade, imunologia clínica e microbiologia, esses profissionais desempenham um papel fundamental desde os estágios iniciais de teste até a avaliação da segurança e eficácia em ensaios clínicos.

Para ingressar nesse campo, os profissionais podem se especializar por meio da Pós-graduação EAD em Análises Clínicas e Toxicológicas da São Camilo, um curso abrangente que aborda temas fundamentais:

  • Controle da qualidade e certificação laboratório de análises clínicas;
  • Biossegurança e gestão laboratorial: organização e administração;
  • Imunologia clínica e endocrinologia clínica;
  • Microbiologia;
  • Hematologia clínica;
  • Bioquímica clínica;
  • Parasitologia clínica e urinálise;
  • Protocolos clínicos e biologia molecular aplicada ao laboratório de análises clínicas;
  • Citologia oncótica e análises toxicológicas.

 

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REFERÊNCIAS

CNN Brasil. Vacina contra dengue: qual a diferença entre Qdenga e imunizante do Butantan? Publicado em 05 fev. 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/vacina-contra-dengue-qual-a-diferenca-entre-qdenga-e-imunizante-do-butantan/. Acesso em: 01 abr. 2024.

G1. Qdenga: o que é preciso saber sobre a vacina contra dengue disponibilizada no SUS. Publicado em 25 jan. 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/01/25/qdenga-vacina-contra-dengue-o-que-e-preciso-saber.ghtml. Acesso em: 01 abr. 2024.

Padrão - Medicina Diagnóstica e Personalizada. Conheça os tipos de vírus da dengue e os sintomas de gravidade. Disponível em: https://www.padrao.com.br/blog/conheca-os-tipos-de-dengue-e-os-sintomas. Acesso em: 01 abr. 2024.

Governo do Estado de São Paulo. Butantan: parceria entre Brasil e EUA resulta em vacina eficaz contra dengue. Publicado em 31 mar. 2024. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/dengue-parceria-entre-brasil-e-eua-resultou-em-vacina-eficaz-e-acessivel/. Acesso em: 01 abr. 2024

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