1. O que são as DTA?

As Doenças Transmitidas por Alimentos, conhecidas pela sigla DTA, referem-se a infecções ou intoxicações resultantes da ingestão de alimentos ou líquidos contaminados por agentes causadores específicos ou suas toxinas. Esses agentes incluem microrganismos como vírus, vermes, fungos e bactérias.

De acordo com o Manual Integrado de Prevenção e Controle de Doenças Transmitidas por Alimentos, elaborado pelo Ministério da Saúde, houve um aumento significativo na incidência das DTAs nos últimos anos. Esse aumento pode ser atribuído a uma série de fatores, tais como:

  • Crescimento populacional;
  • Grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos;
  • Processo de urbanização desordenado;
  • Produção exacerbada de alimentos;
  • Maior exposição a alimentos destinados ao pronto consumo (fast-foods);
  • Consumo de alimentos em vias públicas;
  • Utilização de novas modalidades de produção;
  • Aumento no uso de aditivos e a mudanças de hábitos alimentares;
  • Mudanças ambientais, globalização e as facilidades atuais de deslocamento da população, inclusive no nível internacional;
  • Controle deficiente dos órgãos públicos e privados no que se refere à qualidade dos alimentos.

  

  1. Quais são as principais doenças transmitidas por alimentos?

Globalmente, existem mais de 250 variantes de Doenças Transmitidas por Alimentos, abrangendo uma gama diversificada de origens. A predominância dessas doenças provém da contaminação por vírus, parasitas e bactérias.

No contexto brasileiro, a vigilância sanitária opera em um cenário epidemiológico, dedicando-se à prevenção e controle de surtos de doenças. Entre as Doenças Transmitidas por Alimentos mais frequentes no país, destacam-se:

  • Salmonelose;
  • Hepatite viral tipo A;
  • Toxoplasmose;
  • Infecção por Escherichia coli;
  • Infecção por Staphylococcus aureus;
  • Cólera;
  • Amebíase;
  • Botulismo;
  • Intoxicação estafilocócica;
  • Toxinas produzidas por fungos.

 

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  1. Como a vigilância sanitária atua no controle sanitário de alimentos?

Conforme a Secretaria da Saúde do Governo do Estado do Paraná, a vigilância sanitária de alimentos tem como seus principais objetivos: identificar, fiscalizar, avaliar e controlar os riscos fisiológicos, químicos e biológicos, sejam de natureza aguda ou crônica. 

Tais riscos têm o potencial de desencadear ou contribuir para o surgimento de Doenças Transmitidas por Alimentos. Desta maneira, a vigilância sanitária desempenha um papel fundamental na salvaguarda da saúde e do bem-estar de toda a população.

De acordo com o Manual do Ministério da Saúde, a fim de fortalecer a prevenção e a supervisão sanitária no âmbito alimentar, a vigilância sanitária deve:

  • Reportar surtos de DTA à vigilância epidemiológica quando a informação é conhecida;
  • Planejar estratégias e medidas de controle com a equipe de investigação epidemiológica;
  • Fazer inspeção sanitária nos locais afetados pelo surto para identificar problemas na cadeia alimentar e intervir;
  • Acionar setores de vigilância ambiental, saneamento e inspeção quando necessário;
  • Coletar, acondicionar e enviar amostras para análise laboratorial;
  • Impor sanções legais aos responsáveis pelo surto, dentro de sua autoridade;
  • Informar as ações tomadas às partes envolvidas na investigação;
  • Contribuir nas conclusões da investigação e no relatório final;
  • Conscientizar os envolvidos na produção e distribuição de alimentos sobre medidas preventivas;
  • Educar regularmente os manipuladores de alimentos em boas práticas;
  • Apoiar pesquisas técnicas;
  • Disponibilizar documentação técnica atualizada.

 

  1. Como atuar em vigilância sanitária de alimentos?

A atuação na área de vigilância sanitária de alimentos desempenha um papel essencial na garantia da saúde da população em âmbito nacional. Para se destacar nesse campo, é necessário adquirir conhecimentos especializados que abranjam normas de segurança alimentar, avanços no setor, regulamentações e questões nutricionais.

A escolha mais recomendada para adquirir esses conhecimentos é o curso de Pós-graduação EAD em Vigilância Sanitária e Qualidade de Alimentos da São Camilo. Nesse curso, os alunos são capacitados a:

  • Compreender as legislações sanitárias, abrangendo as exigências dos Ministérios da Saúde e Agricultura;
  • Dominar e validar os sistemas de autocontrole – BPF (GMP) – APPCC (HACCP), assim como as ferramentas de registro - Manual de Boas Práticas de Fabricação, PPHO e POP nas Indústrias e Serviços de Alimentação;
  • Interpretar e fornecer suporte técnico durante investigações de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) e inspeções sanitárias em estabelecimentos;
  • Supervisionar, coordenar, apoiar e realizar coletas de amostras de alimentos para posterior interpretação dos resultados;
  • Auxiliar as empresas no controle de pragas e na gestão ambiental;
  • Familiarizar-se com ferramentas de Certificação, Credenciamento e Auditoria da Gestão da Qualidade na Cadeia Produtiva de Alimentos.

 

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  1. REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual integrado de prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_integrado_prevencao_doencas_alimentos.pdf. Acesso em: 14 ago. 2023.

SIRTOLI, D. B.; COMARELLA, L. O papel da vigilância sanitária na prevenção das doenças transmitidas por alimentos (DTA). Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 12, n. 10, p. 507, 2018. Acesso em: 14 ago. 2023.

Secretaria da Saúde do Governo do Estado do Paraná. Vigilância Sanitária de Alimentos. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Vigilancia-Sanitaria-de-Alimentos. Acesso em: 14 ago. 2023.

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Doenças transmitidas por alimentos e água, 2007. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/doencas-transmitidas-por-alimentos-e-agua-dta/. Acesso em: 14 ago. 2023

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