O que é depressão pós-parto?

A depressão pós-parto é uma condição emocional que causa sentimentos de tristeza, ansiedade, irritabilidade e exaustão em algumas mulheres após o parto.

Ela pode aparecer logo nos primeiros dias após o parto ou se desenvolver gradualmente ao longo das primeiras semanas ou meses.

Quais são os três tipos de depressão pós-parto?

Há 3 tipos de condições clínicas relacionadas à depressão pós-parto, sendo elas:

  • Baby blues: são caracterizados por sentimentos de melancolia e sensibilidade emocional que se manifestam dias após o parto, mas que geralmente desaparecem dentro de algumas semanas.
  • Depressão pós-parto: é mais persistente e intensa, podendo interferir significativamente no dia a dia da mãe e afetar negativamente o vínculo com o bebê.
  • Psicose pós-parto ou psicose puerperal: trata-se de um transtorno psiquiátrico que apresenta sintomas mais intensos e excessivos, como alucinações, delírios, instabilidade emocional extrema, confusão e comportamento incoerente.

Quanto tempo pode durar depressão pós-parto?

Enquanto a melancolia pós-parto, conhecida como baby blues, ocorre na primeira semana após o parto e dura aproximadamente de 2 dias a 2 semanas, a depressão pós-parto perdura por mais de 2 semanas e é caracterizada por sua incapacitante intensidade.

Alguns episódios de depressão pós-parto podem se resolver em alguns meses, entretanto, outros podem persistir por um ano ou mais se não forem devidamente tratados.

O que causa depressão pós-parto?

O Ministério da Saúde afirma que as causas da depressão pós-parto são desconhecidas. No entanto, alguns fatores podem contribuir ou aumentar o risco do surgimento dessa condição emocional, incluindo:

  • Privação de sono;
  • Falta de apoio por parte do cônjuge ou familiares;
  • Limitações físicas antes, durante ou depois do parto;
  • Dificuldades relacionadas à amamentação; 
  • Histórico de depressão antes ou durante a gravidez;
  • Histórico prévio de outros problemas ou transtornos mentais;
  • Histórico familiar de depressão;
  • Histórico de desordem disfórica pré-menstrual (PMDD);
  • Períodos de tristeza ou depressão associados ao ciclo menstrual ou à utilização de contraceptivos orais; 
  • Complicações vinculadas à gravidez (nascimento prematuro ou defeitos congênitos no bebê);
  • Inquietações durante a gravidez (como tensões no relacionamento e problemas financeiros); 
  • Emoções complexas em relação à gravidez atual, seja por não ter sido planejada ou pela ponderação da interrupção da gravidez;
  • Redução repentina nos níveis hormonais (estrogênio, progesterona e hormônios tireoidianos).

Como reconhecer uma depressão pós-parto?

O diagnóstico da depressão pós-parto deve ser realizado por um médico, mediante a avaliação de critérios específicos. 

O profissional de saúde pode optar por solicitar à mãe a realização de um questionário ou, ainda, a realização de exames de sangue, a fim de identificar se algum distúrbio, como o da tireoide, está contribuindo para os sintomas apresentados.

Além disso, a própria mãe, bem como familiares e amigos próximos, podem estar atentos a alguns sinais que possivelmente indiquem a condição, sendo aconselhável considerar a busca por um médico qualificado para avaliação e diagnóstico.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, alguns dos sintomas mais comuns da depressão pós-parto incluem:

  • Profundo estado de melancolia;
  • Falta significativa de motivação;
  • Incapacidade de lidar com as demandas diárias;
  • Tristeza extrema e persistente;
  • Perda de interesse ou prazer em atividades rotineiras;
  • Desinteresse por coisas, pessoas ou atividades anteriormente apreciadas;
  • Pensamentos relacionados à morte ou suicídio;
  • Impulsos repentinos de prejudicar ou causar dano ao bebê;
  • Flutuações de peso, seja ganho ou perda;
  • Alterações no apetite, manifestando-se em comer excessivamente ou em quantidades reduzidas;
  • Padrões de sono excessivos ou insuficientes;
  • Dificuldades persistentes com a insônia;
  • Sensação constante de inquietação e falta de disposição;
  • Esgotamento extremo;
  • Sentimento de indignação ou culpa;
  • Dificuldade em se concentrar e tomar decisões;
  • Manifestações de ansiedade e excessiva preocupação.

Como aliviar a depressão pós-parto?

Além da prescrição de antidepressivos pelo médico, a terapia emerge como uma valiosa aliada no alívio e tratamento da depressão pós-parto. O profissional envolvido nesse contexto clínico deve possuir amplo conhecimento em saúde mental, especialmente na compreensão dos desafios específicos enfrentados por mães no pós-parto.

Se você atua ou aspira atuar nessa área, é essencial estar consciente das possíveis repercussões na dinâmica familiar e nas relações interpessoais, além de desenvolver sensibilidade para identificar sinais de alerta. É crucial também possuir um entendimento aprofundado da complexidade da depressão pós-parto, reconhecendo que cada mãe pode manifestar sintomas e desafios específicos.

A abordagem terapêutica personalizada assume um papel fundamental, levando em conta as circunstâncias individuais e promovendo a adaptação de estratégias que estejam alinhadas às necessidades e metas da paciente. 

Para adquirir esses conhecimentos fundamentais e mais, é fundamental buscar especialização por meio da Pós-graduação EAD em Terapia Familiar da São Camilo, um curso abrangente ministrado por renomados professores na área de saúde mental.

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