Doação e transplante de órgãos no Brasil

O Brasil ocupa a segunda posição no mundo em número de transplantes de órgãos realizados, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. No entanto, em 2022, a taxa de recusa de doação de órgãos atingiu um valor recorde. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 45% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes no mesmo ano.1

Apesar desse cenário desafiador, há notícias positivas a serem destacadas. Por meio de campanhas de incentivo e conscientização da população, o Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro alcançou um recorde histórico em 2022, com um aumento significativo na captação de órgãos e no número de transplantes realizados. Foram registradas 1.152 notificações de possíveis doadores, 349 doações efetivadas e 2.650 transplantes realizados.2

Além disso, o Brasil é reconhecido mundialmente como referência em doação e transplantes de órgãos, sendo esse serviço integralmente gratuito e garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com o crescimento contínuo dessa área da saúde, há uma demanda crescente por profissionais especializados. Entre eles, destacam-se os enfermeiros.

As atribuições do enfermeiro na doação e transplante de órgãos

Através da Resolução nº 710/2022, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estabeleceu que os profissionais de enfermagem devem desempenhar um papel ativo em todo o processo de captação, doação e transplante de órgãos, tecidos e células, desde a identificação de potenciais doadores até o acompanhamento pós-transplante.

Suas principais atribuições nesse contexto incluem:3

  • Realizar busca ativa por doadores nas Unidades Críticas dos hospitais;
  • Avaliar criteriosamente o doador para garantir a viabilidade dos órgãos a serem doados;
  • Entrevistar a família do doador, obtendo a autorização necessária para a doação;
  • Fornecer orientações aos pacientes sobre o processo de transplante;
  • Implementar intervenções que visem manter e melhorar a saúde fisiológica, psicológica e social dos pacientes;
  • Oferecer suporte abrangente aos pacientes e familiares, auxiliando no planejamento, implementação e avaliação;
  • Promover sistemas de apoio que busquem alcançar os melhores resultados nos transplantes de órgãos, através de colaboração interdisciplinar;
  • Atuar como perfusionista na captação e armazenamento dos órgãos, garantindo a preservação adequada para o transplante;
  • Assumir o papel de assistente na sala de cirurgia;
  • Fornecer assistência especializada aos pacientes no período pós-operatório, acompanhando sua recuperação e tratamento;
  • Facilitar e promover mudanças de comportamento e adesão ao tratamento, especialmente em terapias complexas e prolongadas.

 

Dessa forma, os profissionais de enfermagem desempenham um papel fundamental, contribuindo para o sucesso dos procedimentos e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes transplantados.

Existe um curso de especialização para enfermeiros em doação e transplante de órgãos?

Sim! Os enfermeiros interessados em atuar no campo de transplante e doação de órgãos têm a oportunidade de realizar o curso de Pós-graduação EAD em Enfermagem em Captação, Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos.

Esse programa foi desenvolvido para promover a formação de profissionais capacitados e qualificar aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos em políticas públicas e programas de transplantes, assim como em questões relacionadas a essa área.

O curso prepara os enfermeiros para fornecer cuidados precisos e eficientes aos pacientes, reduzindo riscos e falhas humanas e contribuindo para a sobrevivência e qualidade de vida dos mesmos. Reconhecendo as demandas e a agenda atribulada dos profissionais desse campo, a pós-graduação da São Camilo oferece cursos totalmente online, proporcionando flexibilidade aos estudantes. Além disso, ao concluir o curso, os estudantes recebem um certificado nacionalmente reconhecido, com a mesma validade do ensino presencial.

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REFERÊNCIAS

CNN BRASIL. Mais de 45% das famílias recusam doação de órgãos em 2022. Publicado em 27 set. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/brasil-e-o-2o-no-mundo-em-transplantes-saude-lanca-campanha-de-incentivo/. Acesso em: 12 jul. 2023. 

MENDES, Karina Dal Sasso et al. Transplante de órgãos e tecidos: responsabilidades do enfermeiro. Texto & Contexto - Enfermagem, Florianópolis, v. 21, n. 4, p. 945-953, out. 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-07072012000400027. Acesso em: 12 jul. 2023.

SECRETARIA DE SAÚDE DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Programa Estadual de Transplantes bate recorde histórico de captação de órgãos e transplantes. Publicado em 23 mar. 2023. Disponível em: https://www.saude.rj.gov.br/noticias/2023/03/programa-estadual-de-transplantes-bate-recorde-historico-de-captacao-de-orgaos-e-transplantes. Acesso em: 12 jul. 2023

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