Antes de falar dos pilares da Inteligência Emocional, permita-me uma pergunta: você sabe o que é Inteligência Emocional? Não se sinta ridículo se não conseguir explicar claramente do que se trata; afinal, embora a expressão seja comum atualmente, há pouco tempo raramente se ouvia algo a respeito.

De forma extremamente resumida, “a inteligência emocional é um conceito da psicologia usado para designar a capacidade do ser humano de lidar com as emoções”, uma inteligência aplicada às emoções.

Os mais antigos poderiam perguntar: então, trata-se apenas de maturidade? A provocação faz sentido, mas hoje ninguém mais espera que alguém saiba lidar com suas emoções — simplesmente por ser adulto.

No artigo Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida, aplicações e controvérsias, Carla Woyciekoski e Claudio Simon Hutz confirmam que Inteligência Emocional é “um construto psicológico recente”. Os autores observam que “inteligência e emoção são temas que têm instigado pesquisadores e gerado polêmica por mais de um século de estudos e pesquisas”, mas que “ainda há problemas a serem sanados e melhor investigados” acerca da Inteligência Institucional.

A Inteligência Emocional não é uma área específica da Psicologia, mas constitui um campo em expansão que engloba várias áreas de pesquisa.

Woyciekoski & Hutz dizem que a Inteligência Emocional foi desenvolvida como uma habilidade através de uma série de artigos na década de 1990 e definida academicamente pela primeira vez por Salovey e Mayer como “uma subforma de Inteligência Social que abrangeria a habilidade de monitorar as emoções e sentimentos próprios e dos outros, discriminá-los e utilizar essas informações para orientar pensamentos e ações”.

A popularização da Inteligência Emocional aconteceu com o livro Inteligência Emocional, de Daniel Goleman. 

Depois disso, Mayer & Salovey, proponentes do conceito de Inteligência Emocional, fizeram uma redefinição nestes termos:

“A inteligência emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual”.

Você encontra com facilidade o nome Inteligência Emocional nos veículos de comunicação.

- Na revista Exame: Estas três perguntas vão testar sua inteligência emocional;

- Na revista Você SA: Como melhorar a sua inteligência emocional;

- No G1: Entenda por que a inteligência emocional é necessária na hora de empreender

- Na CNN: Entenda o que é inteligência emocional e como buscar o equilíbrio da saúde mental

Diante disso, quais os Cinco Pilares da sua Inteligência Emocional?

 

Autoconhecimento: conhecer suas próprias emoções

Ninguém pode controlar aquilo que não conhece ou reconhece. É admissível que crianças não reconheçam ou não saibam nominar as próprias emoções. Mas, se um adulto não saber fazer isso, ele facilmente será conduzido por elas e nem saberá onde está indo.

Autocontrole: saiba controlar suas emoções

Ninguém progride cedendo às próprias emoções. Choro, raiva, inveja, orgulho, tristeza, alegria, desânimo ou ódio são emoções legítimas; mas qualquer um será arruinado se deixar-se dominar por elas. Quem conhece e reconhece as suas emoções, é capaz de gerenciá-las.

Domínio de propósito e visão: não seja refém da motivação

Imagine a vida de alguém que só faz alguma coisa quando se sente motivado, ficando totalmente refém de um estado emocional? Segundo Goleman, “a automotivação é fundamental para investir em uma mudança que possibilitará maior crescimento no trabalho, nos relacionamentos, na vida”.

Empatia: habilidade crucial para quem quer liderar

Empatia é uma atitude que tem sido muito valorizada ultimamente, mas é impossível ser empático sem Inteligência Emocional. Colocar-se no lugar do outro, validando e respeitando sentimentos alheios requer esse tipo específico de inteligência. Daniel Goleman não tem dúvidas de que a empatia “deveria estar no topo das qualidades dos líderes e das organizações emocionalmente inteligentes” e de que “desenvolver empatia é a base das relações corporativas”.

Relações interpessoais: um desafio necessário

É natural que a pessoa com pouca Inteligência Emocional tenha mais dificuldade nas relações interpessoais e isso faz com que ela se recolha, diminuindo ao máximo suas interações. Mas, relacionar-se interpessoalmente é um pilar na construção da Inteligência Emocional. Isso exercita a Empatia, nosso autoconhecimento e também a habilidade de reconhecer e controlar as próprias emoções. Por mais que seja desafiador em alguns contextos, as relações interpessoais são um desafio necessário na construção de uma Inteligência Emocional sadia.


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