Doenças ocupacionais, profissionais ou laborais são aquelas causadas no ambiente de trabalho e que são relacionadas à função desempenhada pelos colaboradores. Vamos descobrir quais são as doenças ocupacionais mais comuns e como preveni-las no dia a dia. 
 
Todos os anos, milhares de colaboradores são afastados de suas funções por conta das doenças ocupacionais que, na maioria dos casos, poderiam ser evitadas e prevenidas no cotidiano. 

5 doenças ocupacionais: causas e prevenção

Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), estas são algumas das doenças ocupacionais mais frequentes e suas respectivas causas e prevenções:

1. LER/DORT 

Conhecidas como LER (lesões por esforços repetitivos) e DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), como tendinites, tenossinovites e lesões de ombro.
 
Causas mais comuns:
• Postura inadequada.
• Repetição de movimentos.
 
Prevenção:
• Adequar a mobília à sua altura e às suas necessidades.
• Ingerir líquidos para hidratar o corpo. 
• fazer pausas e exercícios adequados de preparação e compensação.
• Organizar programas de incentivo à prática de atividades físicas regulares.
• Promover a utilização correta de EPIs (equipamentos de proteção individual).
• Fazer o acompanhamento de profissionais especializados em ergonomia, biomecânica ocupacional e fisioterapia do trabalho.

2. Dorsalgias

Dorsalgias são os temidos “problemas de coluna”, como popularmente são conhecidas. São exemplos de dorsalgia as hérnias de disco e as lombalgias.
 
Causas mais comuns:
• Usar o tronco do corpo de modo forçoso.
• Repetir movimentos.
• Levantar e carregar pesos.
•  Manter-se em postura inadequada.
 
Prevenção:
• Adequar a mobília à sua altura e às suas necessidades.
• Reduzir as cargas e o número de repetições.
• Fazer pausas e exercícios adequados de preparação e compensação.
• Organizar programas de incentivo à prática de atividades físicas regulares.
• Promover a utilização correta de EPIs (equipamentos de proteção individual).
• Fazer o acompanhamento de profissionais ligados à área de ergonomia, biomecânica ocupacional e fisioterapia do trabalho.
 
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3. Transtornos mentais

Muitas vezes, podemos nos esquecer dos transtornos mentais quando falamos de doenças e condições relacionadas ao trabalho. Contudo, problemas de saúde como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático não podem passar despercebidos, principalmente quando a humanidade toda enfrenta uma pandemia que ameaça a vida de todos.
 
Causas mais comuns:
• Muita demanda de trabalho, bem como metas inalcançáveis.
• Clima organizacional não saudável.
• Violências no trabalho, como abuso de poder e assédio sexual e/ou moral.
• Ser testemunha de sofrimento humano, como os profissionais de saúde que estão na linha de frente contra a Covid-19.
 
Prevenção:
• Clima organizacional saudável, em que haja boas relações interpessoais, boa comunicação e reconhecimento.
•  Programas de promoção da saúde mental no trabalho.
• Apoio, amparo e acompanhamento de colaboradores que sofreram algum tipo de violência no trabalho, bem como de profissionais que lidem com o sofrimento humano.

4. Transtornos das articulações

Doenças articulares são aquelas que alteram extremidades ósseas, bursas, cartilagens, tendões, ligamentos e membrana sinovial. As tendinites são exemplos de transtornos das articulações.
 
Causas mais comuns:
• Posturas inadequadas.
• Movimentos repetitivos. 
 
Prevenção:
• Adequar a mobília à sua altura e às suas necessidades.
• Reduzir as cargas e o número de repetições.
• Fazer pausas e exercícios adequados de preparação e compensação.
• Organizar programas de incentivo à prática de atividades físicas regulares.
• Promover a utilização correta de EPIs (equipamentos de proteção individual).
• Fazer o acompanhamento de profissionais ligados à área de ergonomia, biomecânica ocupacional e fisioterapia do trabalho.

5. Transtornos auditivos

Um dos grandes exemplos de transtornos auditivos relacionados ao trabalho é a PAIRO (perda auditiva induzida por ruído ocupacional), adquirida pela exposição frequente a ruídos intensos, ocasionando a perda da audição.
 
Causas mais comuns:
• Exposição frequente a ruídos e vibrações.
• Trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner, tolueno, xileno e similares).
 
Prevenção:
• Proteção com isolamento de fontes de ruído.
• Redução das cargas e do número de repetições.
• Ventilação e isolamento dos solventes utilizados.
• Utilização correta de EPIs (equipamentos de proteção individual), como protetores auriculares e máscaras de proteção.
• Acompanhamento de profissionais ligados à área de ergonomia, biomecânica ocupacional e fisioterapia do trabalho.
 
Todas essas atitudes, se tomadas cotidianamente, podem livrar os trabalhadores da maioria das doenças ocupacionais e, assim, promover um ambiente de trabalho mais seguro e, consequentemente, mais satisfatório e produtivo.

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